Os meios de pagamento evoluíram além do esperado em 2020. Tendências que pareciam distantes e hábitos que antes engatinhavam enfim se consolidaram definitivamente no Brasil e no mundo. O motivo, todos já conhecem: a pandemia do Covid-19, elemento importante na aceleração de pagamentos online.
De acordo com pesquisa da FIS, os pagamentos em tempo real cresceram 50% com a pandemia. Ainda, segundo a Sociedade Brasileira de Varejo e Comércio (SBVC), houve um aumento de 5x nos pagamentos por meios digitais. O Febraban também aponta que 74% das transações financeiras no Brasil foram realizadas por meio de canais digitais.
O ano de 2020 também foi o de estreia do Pix. Com pouco mais de um mês de operação, o novo meio de pagamento já movimentou mais de R$ 83 bilhões.
Com uma evolução tão expressiva e em tão pouco tempo, fica a pergunta: quais serão as tendências em pagamentos para 2021?
03 tendências em pagamentos para 2021
Novos hábitos de pagamento devem fomentar ainda mais a inovação no mercado financeiro.
Pagamentos mobile serão o novo normal
Que o Pix deve acelerar a adoção de pagamentos mobile, você já sabe. Mas o método de pagamento instantâneo ainda reserva grandes novidades para 2021 e deve entrar com força no e-commerce brasileiro. Grandes varejistas já se preparam para oferecer o pagamento instantâneo na loja virtual, tornando-o cada vez mais habitual no cotidiano do brasileiro.
Com isso, um efeito paralelo é o aumento do uso das carteiras digitais – visto que as eWallets já oferecem esse meio de pagamento.
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Aumento da bancarização
Falar sobre desbancarização em uma era tão digital parece ilógico; mas, até o último trimestre de 2019, o Instituto Locomotiva mostrou a população sem conta em banco no Brasil chegava a 45 milhões.
Mais uma vez, a pandemia do Covid-19 protagonizou uma grande mudança no sistema financeiro no Brasil. O pagamento do auxílio emergencial por contas digitais acelerou o processo de bancarização no Brasil: de acordo com dados do Banco Central, 9,8 milhões de pessoas iniciaram um relacionamento com alguma instituição financeira. Ainda, segundo dados da Caixa Econômica Federal, 58 milhões de brasileiros receberam alguma parcela do auxílio, e a grande maioria por meio de contas digitais. A formalização de mais pessoas no sistema financeiro deve continuar crescendo substancialmente no próximo ano.
É importante destacar, no entanto, que os desbancarizados ainda representam uma parte importante da população: cerca de 36 milhões permanecem sem conta bancária.
Mais inovação com o open banking
Outra resolução muito aguardada para o próximo ano é o open banking, sistema que consiste no compartilhamento de dados, informações e serviços de instituições financeiras a critério do consumidor. A medida permitirá ao consumidor acesso a produtos e serviços financeiros customizados para as suas necessidades, de forma muito mais conveniente.
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