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6 dicas para começar a vender cross-border ao Brasil

Publicado em 21/06/2018 - Atualizado em 11/09/2019

O Brasil oferece excelentes oportunidades para comerciantes cross-border que querem expandir para novos mercados. O maior mercado de e-commerce da América Latina, com 42% da receita total da indústria na região, passou por uma acentuada recessão econômica nos últimos anos. No entanto, nem mesmo esta situação impactou o mercado de e-commerce, que continuou crescendo enquanto outros setores econômicos acumulavam perdas, inclusive o varejo tradicional.

 

Mais de 25% da população brasileira realizou pelo menos uma compra online em 2017, somando um total de R$ 47,7 bilhões. Para 2018, a previsão é que o segmento tenha um aumento de 12% na receita. Com 140 milhões de internautas muito ativos, que passam uma média diária de 9h 14min online, o potencial da indústria de e-commerce no país é inegável. Além disso, os consumidores brasileiros também costumam comprar em sites internacionais. No ano passado, 22,4 milhões de consumidores online compraram cross-border.

 

Apesar dos números expressivos, há uma série de desafios para os lojistas que decidem entrar no mercado brasileiro:

 

 

    • Dimensões geográficas

O Brasil possui medidas continentais, ocupando 47,3% da área total da América Latina. O cálculo é simples: a distância entre Nova York e Los Angeles é de 4.500km, enquanto no Brasil a distância entre Recife, na costa leste, e a fronteira no extremo oeste é de 5.300km. O tamanho do país invariavelmente gerará desafios logísticos para comerciantes que vendam produtos físicos.

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Além disso, um território tão amplo também sinaliza uma população heterogênea. Por isso, os negócios precisam se adequar as necessidades de consumidores em diferentes regiões.

 

    • Legislação fiscal complexa

Entre os 190 países listados pelo Banco Mundial no índice Ease of Doing Business, o Brasil fica com a posição 184 no que se refere ao tempo usado para pagar impostos. As empresas precisam de 1,958 horas de trabalho ao ano para declarar e pagar seus impostos no país. Além disso, a legislação fiscal no Brasil sofre constantes alterações e atualizações. Por exemplo, entre 1988 e 2013, um total de 309.000 regulamentações fiscais foram editadas. A imagem abaixo mostra um livro criado pelo advogado Vinicius Leoncio que contém todas as regulamentações coletadas ao longo de 23 anos. O livro tem 42.266 páginas, pesa 7.530 quilos e possui 2,1 metros de altura. Atualmente, mais de 20.000 destas regulamentações seguem vigentes.

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Foto por Fabiana Aragão/ Advocacia Vinicios Leoncio (19/03/2014)

 

    • Acesso restrito a pagamentos locais

Os negócios que não possuam uma empresa registrada no Brasil terão acesso restringido aos métodos de pagamentos nacionais. Por este motivo, a maioria dos comerciantes internacionais começa a vender no Brasil somente recebendo pagamentos com cartão. No entanto, se deparam com taxas de rejeição de pagamento de até 70%. Aproximadamente, 30% dos cartões emitidos no Brasil, inclusive das bandeiras Visa e MasterCard, estão habilitados para pagamentos internacionais, o que justifica as altas taxas de rejeição. Vale ressaltar que métodos de pagamentos alternativos locais, como o boleto bancário e a transferência online bancária, não podem ser contratados diretamente por empresas cross-border.

 

Começando uma operação cross-border para superar os desafios

 

Iniciar uma operação cross-border com parcerias de empresas locais de pagamentos, logística e marketing normalmente é a melhor forma de ter sucesso. Confira nossas seis dicas para começar:

 

    1. Traduzir o site: é muito difícil para o consumidor confiar em uma empresa se não consegue entender o que ela diz. Além de ajudar a aumentar a sensação de confiança do consumidor, um site traduzido também melhorará a navegabilidade e oferecerá uma melhor experiência de compra.

 

    1. Oferecer métodos de pagamentos locais no checkout: disponibilizar opções de pagamentos nacionais permitirá alcançar mais consumidores e ajudará a aumentar a confiança deles na loja. Como mencionado anteriormente, o acesso a cartões de crédito domésticos, pagamento parcelado, boleto bancário e outros métodos de pagamento alternativos está restringido para comerciantes internacionais. Por isso, é necessário fechar uma parceria com um provedor de serviços de pagamento brasileiro, como a PagBrasil, para seguir com este passo.

 

    1. Interagir com os consumidores: a fim de definir as melhores estratégias para ampliar as operações no Brasil, as empresas devem entender o comportamento e as expectativas de seus consumidores. Por isso, interagir com eles é um ponto essencial.

 

    1. Investir em marketing: depois de conhecer bem o perfil de seu consumidor, o próximo passo é investir em marketing especializado no país. Para lojistas cross-border, a melhor opção é fechar parcerias com agências brasileiras de marketing, relações públicas e publicidade. Além de produzir conteúdo em português, as agências nacionais terão suficiente conhecimento do mercado para definir as melhores estratégias para branding e divulgação de produtos e serviços.

 

    1. Trabalhar com parceiros locais de logística: os negócios que vendam produtos físicos se beneficiarão de ter um parceiro nacional de logística. Desta forma, é possível realizar importações em larga escala, que além de reduzir custos, agiliza a operação. Outro specto positivo é que desta forma os consumidores serão poupados qualquer eventual taxação da mercadoria na chegada ao Brasil e os prazos de entrega serão reduzidos.

 

  1. Proporcionar um excelente serviço de atenção ao cliente: contar com uma equipe fluente em português é essencial. No entanto, para atender as necessidades dos consumidores brasileiros, o SAC da empresa deve estar disponível em diferentes canais, como, como telefone, e-mail, Facebook e inclusive WhatsApp, além de oferecer respostas rápidas e detalhadas.

 

Após dominar estes seis pontos, alguns negócios decidem entrar de cabeça no Brasil e abrir uma filial no país. Por outro lado, outros optam por continuar com a estrutura cross-border através da assistência de parceiros locais. Não há certo ou errado sobre como proceder.

 

Independentemente da direção tomada, o essencial é que os lojistas tenham em mente que o sucesso somente será alcançado mediante entendimento do mercado e adaptação às suas necessidades. Apesar do panorama desafiador, não há motivos para jogar a toalha. As empresas que conseguem superar estas dificuldades conseguem abrir as portas de um mercado gigantesco e menos competitivo, no qual é possível desenvolver uma operação de negócio muito rentável.

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Comentário

  • Patricia Bennis 1 de dezembro de 2020

    Eu gostaria de conversar com o responsavel para oferecer nosso Cross Border payment. Estamos em mais de 140 paises.
    obrigada