O social commerce (comércio realizado através das redes sociais) é uma das tendências destacadas do e-commerce brasileiro neste ano. A maioria do tempo gasto online pelos usuários de internet no Brasil se divide entre redes sociais e plataformas mensagens instantâneas. Além disso, pesquisas mostram que os consumidores digitais brasileiros são mais receptivos à publicidade online: somente 35% deles percebem os anúncios dirigidos como uma invasão da privacidade. Já em outros mercados mais consolidados, este número chega a 55% dos usuários. Este fato, somado ao grande número de usuários de redes sociais no Brasil, destaca o aumento da importância destas plataformas para o segmento de e-commerce no país.
Estatísticas das redes sociais no Brasil
Segundo o estudo Digital in 2017 – Global Overview, feito pelo Hootsuite e We Are Social, a taxa de penetração da internet no Brasil é de 66%, o que se traduz em cerca de 140 milhões de internautas. Além disso, o Brasil ocupa a terceira posição em termos de usuários ativos do Facebook, com um total de 111 milhões de usuários.
Apesar da impressionante quantidade de usuários de Facebook, no ano passado o houve um incremento anual de 18% no número de pessoas utilizando as plataformas de redes sociais no país. Esse crescimento é motivado, em parte, pela adoção de outras redes bem conhecidas como o Instagram e o Twitter.
Outro dado destacável é a média de 3,43 horas ao dia que os brasileiros gastam nas redes sociais. O país é o segundo nesse ranking liderado pela Filipinas, muito acima da média global de pouco mais de duas horas diárias.
Porque o social commerce é relevante para lojistas de e-commerce?
Além de fornecer aos comerciantes outro canal para interagir com seus consumidores, as redes sociais estão se tornando cada vez mais relevantes na hora de impulsionar as vendas online. A evolução natural da forma que as empresas e os consumidores utilizam as redes sociais para interagir, acompanhada de um avanço das ferramentas de marketing em redes sociais disponíveis no mercado, possibilitaram o ganho de espaço destas plataformas no segmento de comércio eletrônico.
O poder da segmentação das campanhas nas redes sociais é imenso. A quantidade de informação sobre os usuários que elas reúnem possibilita definir características muito específicas para o público-alvo. Uma boa campanha pode trazer excelentes resultados para os negócios online em termos de tráfego direcionado para o site e de crescimento de vendas.
Como o uso das redes sociais é responsável pela maior parte do tempo que os usuários de internet passam online, é natural que o social commerce esteja adquirindo importância rapidamente. Por isso, algumas plataformas de comércio eletrônico, como Shopify, criaram soluções para facilitar a integração de lojas online com plataformas de redes sociais. Ao mesmo tempo, essa integração também torna mais fácil para os consumidores realizar compras online sem ter que sair da plataforma da rede social.
Este é sem dúvidas o melhor momento para que os comerciantes desenvolvam suas estratégias de comércio social- se é que ainda não apostaram nesse segmento – para que suas vendas online melhorem. No entanto, há um ponto crucial a se ter em conta: independentemente do canal utilizado, uma extraordinária experiência de usuário é chave para o sucesso. Atualmente, isto geralmente significa oferecer uma ótima experiência de navegação em dispositivos móveis, opções de pagamento flexíveis e fluídas e um excelente suporte ao cliente.
Comentários
Oi Bianca, como voce vê o uso de Whatsapp por parte de vendedores ou revendedores divulgando fotos e info de produtos do segmento moda / vestuário para clientes compradores…? Sendo quem a transacao ocorre em outra plataforma. Tipo o indiano meesho.com. É viavel no Brasil ou os lojistas estão todos no Insta e com suas proprias lojas online ja e atendem bem aos clientes…?
Olá Karl. Há muito potencial no WhatsApp no Brasil, mas a menos que você possa enviar um link de pagamento direto, para evitar um passo adicional que possa causar a desistência da compra, talvez o melhor seja focar em plataformas como Instagram ou Facebook. Outra coisa a ser ter em conta é a questão da privacidade de dados. Em princípio, o vendedor precisa do consentimento do consumidor para enviar promoções via WhastApp. Abs!