O Banco Central do Brasil o Drex, antes conhecido como Reald Digital, estará disponível a partir de 2024.
O Banco Central do Brasil atingiu um novo marco em direção à revolução financeira digital do país. No dia 7, foram anunciados os últimos avanços do Real Digital, que recebe o nome de Drex. A CBDC brasileira está sendo introduzida quase três anos após o lançamento do Pix, o método de pagamento instantâneo do Brasil, e tem previsão de lançamento para 2024.
O que é uma CBDC?
“CBDC” corresponde à sigla “Central Bank Digital Currency” – que, em tradução livre, significa moeda digital do banco central. Ou seja, uma CBDC é uma moeda digital emitida pelo banco central de um país e geralmente lastreada na moeda oficial desse país.
As CBDCs são semelhantes às stablecoins – criptomoedas emitidas por entidades privadas que utilizam blockchains públicas e lastreadas em alguma outra moeda, commodity ou instrumento financeiro. A diferença é que CBDCs são emitidas por um banco central e operam em uma rede centralizada.
Panorama das CBDCs no mundo
À medida que o uso de dinheiro físico diminui globalmente e a demanda por criptomoedas como o Bitcoin e o Ether continua a aumentar, os bancos centrais estão gradualmente adotando tecnologias como a blockchain para acompanhar o cenário financeiro em rápida mudança. Pesquisas mostram que um total de 130 países – 98% da economia global – estão engajados com projetos de CBDCs, e quase metade estão em estágios avançados de desenvolvimento, piloto ou lançamento.
Drex: Perguntas Frequentes sobre a CBDC do Brasil
O Drex visa otimizar processos de pagamento e fomentar a inovação. O termo engloba os conceitos de “Digital”, “Real” e “Eletrônico”.
Preparamos um guia abrangente para entender a CBDC do Brasil. Confira!
O que é o Drex?
O Drex, até então conhecido como Real Digital, é a CBDC do Brasil. A moeda, que tem previsão de lançamento em 2024, terá lastro e paridade ao Real. Ou seja, cada Drex valerá o mesmo que R$ 1,00.
As mesmas regras de política monetária se aplicarão à moeda digital?
O Drex é uma representação digital da moeda oficial do Brasil, o que significa que a política monetária do país será a base para manter seu valor. Ao gerenciar a liquidez da economia para manter a estabilidade do poder de compra do Real, o BC considera a quantidade de reais digitais em circulação.
O Drex é uma CBDC para atacado ou para varejo?
O Drex é uma CBDC para atacado, o que significa que a moeda digital não será acessada diretamente pelos titulares de contas, mas sim por meio de contas conectadas a instituições de pagamento, como bancos.
O que será possível comprar com o Drex?
Embora seja uma CBDC de atacado, os usuários poderão fazer pagamentos com o Drex por meio de bancos e instituições financeiras. Em outras palavras, os brasileiros poderão gerenciar a moeda digital da mesma forma que gerenciam fundos depositados em bancos.
Qual é a diferença entre o Drex e o Pix?
O Drex é uma moeda digital vinculada à moeda oficial do Brasil, o Real. Em outras palavras, o Drex é basicamente outro tipo de moeda. Fabio Araujo, economista do Banco Central do Brasil, descreve a CBDC como “o Real do dia a dia dentro da nova tecnologia de blockchain”.
Já o Pix é um método de pagamento desenvolvido pelo Banco Central que permite fazer e receber pagamentos instantaneamente.
Drex: a nova forma do brasileiro pagar?
O Drex representa um avanço significativo no cenário financeiro brasileiro, visando simplificar operações financeiras complexas e permitir inovações como o uso de contratos inteligentes. Tome a compra e venda de imóveis como exemplo: esse tipo de operação normalmente requer a participação de terceiros, como cartórios e escritórios de advocacia. Com o Drex, esse processo pode ser facilmente otimizado.
Por outro lado, devido à paridade com o Real, uma adoção em massa para usos cotidianos é bastante improvável. O Pix atende muito bem às necessidades da população brasileira, com avanços constantes que facilitarão ainda mais o seu uso no dia a dia.
Dúvidas sobre o Drex? Assista ao vídeo!
Quer saber mais sobre o Drex? Assista ao vídeo com o Diretor de Vendas da PagBrasil, Alexandre Oliveira!