Esta página utiliza cookies para melhorar a experiência do usuário em nosso site. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com a coleta e uso das informações para garantir a melhor experiência de navegação. Para saber mais, leia a nossa Política de Privacidade.

Aceitar

Os desbancarizados e o futuro dos meios de pagamentos

Publicado em 15/08/2019 - Atualizado em 01/11/2019

As fintechs estão revolucionando o futuro dos meios de pagamentos e da indústria como um todo. Elas buscam atender as necessidades de uma população que já prefere o mundo digital e assim criam uma ruptura em um setor que ficou para trás em termos de inovação. Elas também são as principais responsáveis pela inclusão dos não bancarizados no sistema financeiro. A ampla adoção de dispositivos móveis e internet em todo o mundo também tem um papel importante nesse cenário.

Inclusão é um dos lemas da PagBrasil e não poderia ser diferente, se levamos em conta que existem mais de 55 milhões de adultos sem banco no Brasil. Entre as nossas soluções de pagamento exclusivas, destacam-se o Boleto Flash® e o PEC Flash®, que permitem aos consumidores comprarem online, mesmo sem acesso a cartão de crédito ou conta bancária.

Nosso CEO, Ralf Germer, vem destacando em seus discursos como a inclusão pode impulsionar o crescimento do comércio eletrônico no Brasil e como a indústria de pagamentos está mudando para atender os desbancarizados e pessoas que buscam soluções inovadoras. Nas vésperas de sua participação na conferência anual ‘Brazil in the 21st Century’, que ocorrerá em 22 de Agosto, no SRI International em Menlo Park, e reunirá empresários, investidores e líderes do setor privado para discutir o papel do Brasil na economia global, Ralf conversou com Margarise Correa, CEO da BayBrazil. Ele compartilhou seu ponto de vista sobre o amadurecimento do ecossistema de inovação e do sistema financeiro que originou um setor de fintechs em expansão no Brasil; como milhões de consumidores desbancarizados no país estão usando novas tecnologias para estimular o mercado de e-commerce; e como o Brasil se compara a outros mercados de fintech ao redor do mundo.

Confira os destaques da conversa:

Margarise: Fintech tem sido um setor em expansão, particularmente no Brasil, nos últimos anos. Quais tendências (ou soluções) você prevê para o setor nos próximos anos? Você acha que os grandes bancos brasileiros encolherão substancialmente no futuro?

Ralf: Sim, o mercado brasileiro de fintech tem crescido há vários anos e assim deve continuar. Nós veremos mais crescimento e inovação nos próximos anos. Por um lado, o Brasil era um mercado financeiro dominado por poucos players e, por outro, há o grande desafio de incluir 55 milhões de adultos desbancarizados no sistema financeiro. O Banco Central brasileiro adotou, com sucesso, uma série de medidas para reduzir a concentração, estimular a inovação e promover a inclusão. Isso resultou em mudanças significativas nos últimos anos. Em 2007, o Brasil tinha um oligopólio de dois adquirentes de cartões e hoje existem cerca de 20 adquirentes brasileiras e internacionais que competem ferozmente por um mercado em crescimento.

Tendências similares estão ocorrendo no setor de empréstimos e no de bancos privado, com empresas novas obtendo sucesso em mudar os paradigmas de mercado. A próxima grande mudança no Brasil será impulsionada por sistemas de pagamento mais econômicos que finalmente irão destravar um enorme mercado de pessoas desbancarizadas. Estamos vendo muitas iniciativas inovadoras de empresas de variados tipos e tamanhos, incluindo: bancos, empresas de tecnologia, startups, companhias de pagamento ou marketplaces que apresentam propostas cada vez mais promissoras.

 

Margarise: Como você compara e difere o mercado de fintechs no Brasil com o de outros países emergentes?

Ralf: Os brasileiros estão abertos a novas tecnologias, o que facilita a adoção imediata de inovações que estão chegando ao mercado. O Banco Central, como órgão regulador no país, está facilitando esta transformação. Eu posicionaria o Brasil em diversas áreas, do ponto de vista regulatório, mais próximo de Cingapura, onde a inovação em tecnologia financeira é uma prioridade, do que com um mercado altamente regulado, como a União Européia. Ao contrário da China, onde dois conglomerados privados dominam o mercado de pagamentos por completo, o Banco Central brasileiro está criando um sistema de pagamento instantâneo regulado que será aberto e acessível para qualquer pessoa, por isso há muito espaço para inovação.

Quer saber mais? Confira os detalhes da conferência:

futuro dos meios de pagamentos

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.