Lançado em 16 novembro de 2020, o Pix já é o método de pagamento mais utilizado para transações P2P – pessoa para pessoa. O crescimento do pagamento instantâneo superou as previsões do próprio Banco Central: o total de chaves cadastradas até o momento é de 182 milhões, muito acima das 20 milhões previstas para os seis primeiros meses de operação.
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Não é difícil de entender por que esse método de pagamento caiu no gosto dos brasileiros: além de ser gratuito para pessoa física, o Pix está disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana – inclusive nos finais de semana e feriados. Além disso, o pagamento cai instantaneamente na conta do recebedor. Todos esses benefícios estimulam a adoção do Pix e, aos poucos, esse método de pagamento se torna mais usual inclusive nas transações comerciais.
Utilização do Pix no e-commerce: adesão de usuários é promissora
Mas como está sendo a utilização do Pix nas lojas virtuais? Fizemos um levantamento junto as nossas lojas parceiras que já utilizam o meio de pagamento instantâneo. No período de um mês, na média o Pix já correspondeu a 5,8% das transações com sucesso realizadas nas lojas virtuais que aderiram ao meio de pagamento. A análise corresponde ao período entre 15 de fevereiro e 15 de março de 2021.
A impossibilidade de parcelar pagamentos é um dos fatores que limitam a utilização do Pix neste momento: segundo o Panorama dos Meios de Pagamento no Varejo Brasileiro, o cartão de crédito parcelado é a opção mais usada por 48% dos consumidores de desktop e 41% dos consumidores mobile. No entanto, o Banco Central prevê o lançamento do Pix Garantido, que permitirá o parcelamento de compras. Com isso, a utilização do método de pagamento instantâneo deve aumentar.
Já o boleto bancário permanece como o segundo método de pagamento favorito. O hábito do brasileiro de fazer pagamentos com boleto é uma das razões pela preferência. Além disso, o método de pagamento possui vantagens operacionais: o boleto está implementado nos sistemas de gestão empresariais e se adapta bem aos processos internos de compras das empresas, já que facilita o agendamento de pagamentos.
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Segundo um estudo realizado pela Ernst & Young, que prevê cenários de crescimento do Pix para os próximos cinco anos, o volume financeiro do Pix deve atingir o pico a partir do quarto ano de operação, considerando tanto um cenário moderado, quanto um cenário agressivo. Em outras palavras, os métodos de pagamento tradicionais só observarão um declínio no volume financeiro a partir do quarto ano de operação.
Mesmo considerando esses fatores, o potencial do Pix no e-commerce é enorme, já que permite que lojistas alcancem consumidores com diferentes perfis e necessidades por meio de um método de pagamento simples e intuitivo. A tendência é que a adoção do Pix no dia a dia do brasileiro naturalmente estimulará o aumento das transações, inclusive no ambiente digital.
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