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Os números do Pix e as projeções para os próximos meses

Publicado em 19/02/2021 - Atualizado em 11/03/2022

O Pix, método de pagamento instantâneo do Banco Central, completou esta semana três meses de operação e já domina o número de transferências realizadas. Em 2021, foram 286 milhões de operações finalizadas com o  método de pagamento, segundo o Banco Central. O número de chaves cadastradas já ultrapassa 159 milhões.

 

A TED perdeu espaço para o Pix?

Com o pagamento instantâneo, a especulação era de que o novo meio de pagamento substituiria a TED. Em termos de números de transferências, as TEDs realizadas em 2021 somam 53,2 milhões, ou seja: apenas 18,5% do total do Pix. Mas, quando falamos em valores transacionados, a TED ainda lidera: enquanto o novo método de pagamento movimentou R$ 225 bilhões desde o início do ano, as movimentações com TED chegaram a R$ 2,7 trilhões.

E o que explica esse fenômeno?

O pagamento instantâneo teve grande adesão nas transferências P2P, ou seja, de pessoa para pessoa. Mas os valores movimentados pelas empresas ainda é baixo: as operações B2B representaram somente 2,5% do total do mês de janeiro. Já os pagamentos P2B – ou seja, pessoa para empresa – representam 8,3%. Operações B2P – empresa para pessoa – chegaram a 7,2%. O principal motivo é o receio com relação a cobrança de taxas, além do fato do Pix não permitir parcelar pagamentos.

 

Próximos passos

A adoção do Pix pelas empresas deve aumentar à medida que novos recursos e funcionalidades serão lançados. De acordo com o Banco Central, o novo método de pagamento contará com novos recursos ainda este ano.

•  Conta salário: permitirá a movimentação na conta salário por meio do Pix.

•  Criação de mecanismo de devolução: em caso de suspeita de fraude ou falha operacional nos sistemas de instituições participantes, o PSP poderá realizar a devolução do recurso do recebedor.

•  Saque: possibilitará que usuários realizem saques em dinheiro em pontos de atendimento destinados para este serviço.

•  Pagamento por aproximação: permitirá o pagamento via Pix em máquinas de cartão habilitadas com NFC.

•  Iniciador de pagamentos: seguindo o cronograma estabelecido no Open Banking, permitirá que os iniciadores possam ser participantes do Pix a partir da implementação das especificações técnicas que serão definidas pelo Open Banking, incentivando a competição.

Além disso, o Banco Central também divulgou que, a partir do segundo semestre, começará a especificar mais dois produtos: o Pix Garantido, que vai permitir o parcelamento de transações no Pix, e o Pix Débito Automático.

Confira mais detalhes na página oficial do Banco Central.

Quer saber mais? Confira a nossa série de conteúdos sobre o novo método de pagamento!

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Comentário

  • Francisco farias cordeiro 10 de junho de 2022

    Bom