Por mais de um século, a hashtag#Kodak dominou o mundo da fotografia cinematográfica, com filmes e câmeras analógicas.
Ainda em seu ápice, em 1975, criou uma câmera digital, mas não levou a novidade ao mercado de imediato, por medo de prejudicar as vendas dos aparelhos tradicionais.
Nos anos 80, foi surpreendida pelo avanço do hashtag#digital, protagonizado pelas empresas Canon, Sony e Fuji. Em 2012, a Kodak decretou falência.
Faço um paralelo entre essa história e o mercado de pagamentos brasileiro, onde as bandeiras de hashtag#cartões assumem o papel da Kodak, enquanto assistem à ascensão da hashtag#tecnologia inovadora do hashtag#Pix.
Parece exagero? Me acompanhe.
O Pix já nasceu no hashtag#digital, ao contrário dos cartões. E isso interfere na velocidade com que as melhorias acontecem, em um mercado cada vez mais dinâmico.
Vejo o Pix como mais do que um método de hashtag#pagamento. Sua infraestrutura permite que o mercado crie funcionalidades inteligentes e adequadas às necessidades atuais dos hashtag#consumidores, trazendo cada vez mais hashtag#inovação.
Há também uma questão no custo. Para o comércio, processar pagamentos com Pix custa até 14x menos que com cartão. Sem contar a liquidez do dinheiro, muito maior com o Pix.
A nível de impacto na hashtag#economia, o dinheiro transacionado por Pix se mantém aqui, enquanto as bandeiras internacionais abocanham parte do valor.
Além disso, o Pix tem um papel muito importante para a inclusão financeira. Desde que foi lançado, em outubro de 2020, é responsável por integrar 71 milhões de brasileiros ao sistema financeiro, segundo o Banco Central.
Dado o cenário, vejo que será difícil os cartões progredirem, já que todas as motivações para seu uso poderão ser contempladas pelas evoluções do Pix:
– O pagamento por aproximação (a última inovação dos cartões), será possibilitado pelo Pix Sem Redirecionamento;
– Os pagamentos recorrentes poderão ser feitos pelo Pix Automático;
– A opção de comprar no crédito ou parcelado será possível com o Pix Garantido;
– Os programas de benefícios, outrora exclusivos dos cartões, estão sendo criados pelo próprio comércio. É comum os lojistas fornecerem descontos para pagamentos por Pix, ou criarem programas próprios de pontos.
Neste ano, participei de alguns eventos de tecnologia e inovação em pagamentos, sendo o mais recente o Money 2020, em Las Vegas.
Fico entusiasmado ao ver que o Brasil é protagonista de um movimento que, ao longo dos anos, deve tomar inclusive os países de primeiro mundo. Nós criamos o Pix, um método de pagamento que é inovador, inclusivo, mais barato para consumidores e lojistas, importante para a economia, e que tem uma agenda longa de evoluções.
Já os cartões, assim como a Kodak, estão fadados ao desaparecimento, pela falta de inovação e medo de prejudicarem seus lucros.
E você, qual sua percepção sobre a permanência dos cartões no país?