Em 2017, a economia brasileira se recuperou ligeiramente. Apesar da taxa de câmbio real para dólar não ter sofrido grandes variações ao longo do ano, a melhora nas condições do mercado interno, como taxa de inflação reduzida e entregas aceleradas, favorecem as compras nacionais frente as cross border.
Neste contexto, a quota total de consumidores digitais que compraram em sites internacionais no ano passado foi de 48%*, abaixo dos 53% de 2016. No entanto, em termos de consumidores ativos, o segmento cross border teve um crescimento de 6% em 2017, alcançando um total de 22,4 milhões de compradores.
Números do segmento cross border
Os consumidores brasileiros gastaram mais do que nunca em sites cross border: 2,7 bilhões de dólares. O total representa um aumento de 15% em comparação com o ano anterior. Além da receita do segmento ter crescido, também houve um aumento de 11,3% no número de transações, chegando a um total de 73,8 milhões.
Os gigantes do e-commerce foram os óbvios favoritos dos compradores brasileiros que se aventuraram com o segmento cross border. A AliExpress foi usada por 54% dos consumidores, seguida pela Amazon US (26%) e ebay (19%). No entanto, cada vez mais sites menores se popularizam entre os consumidores no Brasil, particularmente aqueles que trabalham com um modelo de dropshipping e usam as redes sociais como fonte de vendas.
As principais categorias de produto para os consumidores brasileiros que compraram em sites estrangeiros foram as seguintes (questão multi-resposta):
- Eletrônicos – 33%
- Moda e acessórios – 33%
- Computação – 19%
- Brinquedos e jogos – 18%
- Casa e decoração – 18%
No que se refere à entrega, muitos brasileiros estavam acostumados a solicitar a entrega em outro país, tanto para endereços de amigos e familiares como para uma caixa postal no exterior. Desta forma, conseguiam evitar pagar impostos de importação para suas compras. Em 2017, no entanto, 90% dos compradores optaram por receber suas compras no Brasil. Apesar de que toda compra feita em sites internacionais esteja sujeita a taxação na chegada ao Brasil, 53% dos consumidores afirmaram que não precisaram pagar impostos. Além disso, 52% dos consumidores indicam que as compras foram entregues com frete grátis. Considerando a importância da AliExpress neste segmento, que trabalha com um modelo de frete grátis, esta porcentagem alta se justifica.
No que se refere aos métodos de pagamento preferidos, os cartões de crédito assumiram a liderança com 64%. O PayPal teve uma quota de 16% e 20% utilizaram outros métodos, incluindo o boleto bancário. Apesar da quota do PayPal ser significativa para o segmento cross border em comparação com sua representação no e-commerce doméstico, cabe destacar que em 2017 sua participação nos pagamentos cross border sofreu uma queda de 12% comparado com 2016. Esta queda pode justificar-se pelo fato de que cada vez mais os sites internacionais buscam trabalhar com um provedor de pagamento local que possa oferecer uma ampla gama de métodos de pagamentos brasileiros.
A PagBrasil, por exemplo, oferece o processamento local de pagamento, em reais, o que instantaneamente multiplica as conversões de pagamento já que a maioria dos cartões emitidos no Brasil não estão habilitados para pagamentos em moeda estrangeira. Além disso, também proporciona uma variedade de bandeiras nacionais de cartão, cartão de débito doméstico, boleto bancário (incluindo o exclusivo Boleto Flash®) e a transferência online bancária. Ademais, a remessa pode ser feita em euros ou dólares para um país estrangeiros, sem a necessidade de que o comerciante tenha uma empresa local no Brasil. Para conhecer mais sobre a solução de pagamento cross border da PagBrasil, contate-nos.
*Todos os números foram retirados da 37ª edição do relatório Webshoppers da Ebit.